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quarta-feira, 2 de junho de 2010

CONVIVENCIA

Somos seres de estrita necessidade de convívio. Este gera o processo de alimentação espiritual. A troca de energias é fator determinante para essa busca de interação . A compensação vibratória que expressa simpatia, identificação, exerce fator de atração poderoso, capaz de gerar entusiasmo, sensação prazerosa e, ate,´êxtase.

No convívio, no entanto, tambem está presente o recurso pedagógico da diferença. O fato de existirem características e tendencias opostas auxilia na dilatação de nosso senso de respeito, agregando novos valores e estimulando qualidades que se desenvolvem a partir das diferenças. Elas são imprescindíveis tanto para o exercicio da tolerancia quanto para o processo do auto- conhecimento, ao demarcar um quadro comparativo entre o que identificamos em nós e o que se caracteriza no outro.

Não é fortuito o fato de estarmos em contato com esses fatores de atrito. Aliás, como tudo na natureza, não há gratuidade. Tudo está à serviço de um longo aprendizado. Deus não colocou todos os ovos numa só cesta. Os atritos elevam nosso grau de busca de sobrevivencia e vão debastando elementos predominantes do ego exarcerbado. As arestas levam a criatura a refletir, embora lentamente, em possíveis elementos em si que podem desagradar aos outros. O que ocorre em si deve ocorrer nos outros. Se desejo ser aceito como sou, por que não devo aceitá-los em sua realidade atual?

Interessante verificar a sabedoria contida nos evangelhos, com uma grande ciencia ( ou arte) sobre a questão da convivencia. O convívio difícil, sem aceitação do outro, intensifica as áreas de atrito e contribui para estados perturbadores de natureza emocional, produzindo sofrimentos diversos.

O bom convívio expressa algum nível de maturidade. Claro que me refiro, sobretudo, ao bom convívio com pessoas difíceis para nossa percepção, diferentes de nós até ao extremo. No rumo do amor incondicional necessitamos dos opostos. O que é diferente de nós precisa, para gerar o amor realizador da alegria, da incondicionalidade, do qual ainda estamos bem distantes. Mas estamos caminhando, convivendo com essas magníficas lições de alteridade, em meio aos atritos entre os diferentes. É a sabedoria sendo forjada na fornalha do que não se parece conosco. É a proposta do Evangelho e dos grandes ensinamentos do conhecimento espiritual milenar.

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