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terça-feira, 31 de agosto de 2010

MAMÃE, ESTOU GRÁVIDA

A frase acima é uma das mais desmoronadoras que existem para a grande maioria dos pais. Apesar de se saber que o início da atividade sexual das filhas está cada vez mais precoce, tal notícia impacta vigorosamente as estruturas emocionais de famílias inteiras. Era assim há muitos anos e é assim na atualidade.

Entendemos o drama que assola os corações de pais que trazem princípios de vida. Entendemos, tambem, que muitas vezes é o preconceito social que induz pais amorosos a atitudes drásticas contra as filhas ao saberem de uma gravidez inesperada. Aliás, quando é o filho que vai se tornar pai a reação nunca é a mesma. Só isso deve nos fazer refletir melhor quanto a posição mais adequada diante de tema tão delicado.

Nosso objetivo não é ditar norma de procedimento a quem quer que seja. Desejamos fazer uma reflexão que possa auxiliar muitos pais ante a situação. E isso é vivido por muitos. O que me levou a tal abordagem foi uma conversa que tive com uma mãe vivendo o fato. Ela estava inconsolável pelo fato da filha ter se envolvido intimamente com um rapaz. Se perguntava, em prantos, onde tinha errado. Sinceramente creio que não cabe aos pais se culparem pelo fato da filha ter se envolvido sexualmente antes do casamento principalmente se ela é de maior. Não podemos esquecer que essa é uma decisão de fórum íntimo. Pode ocorrer sob o efeito de uma paixão avassaladora, sob um forte sentimento de confiança no outro, por desejo sexual vigoroso, enfim, diversos fatores ensejam o surgimento da circunstância.

O fato da filha ficar grávida, claro, faz brotar uma serie de preocupações quanto as responsabilidades que advem do acontecimento. Os cuidados com a criança, a vida da futura mãe sofrerá alterações, etc. Rejeitar a filha pelo motivo pode representar um mal efetivo para ela e para a criança. Quantas mulheres, ao não contar com a compreensão dos pais, terminam por entregar-se a prostituição! Creio que esta é a hora de apoio e da atitude cristã por excelencia. Evitará muitos males de consequencias imprevisíveis `as portas do tempo. Isso não quer dizer que os pais não possam conversar a respeito do senso de responsabilidade que os filhos devam ter. E nem implica na mesma forma de se posicionar quando a filha, por irresponsabilidade, face ao apoio dos pais, engravide todo ano. São situações diferentes que pedem atitudes diferentes, embora devamos sempre buscar aquela que auxilie.

O respeito à sexualidade, desenvolvendo o senso de enobrecimento desta, é valor que os pais devem repassar aos filhos. E até creio que muitos fazem isso, no entanto, apesar da orientação, o problema aparece. Nada de se culpar. Os filhos possuem o livre arbitrio e responderão por ele. Alem do mais, muitas surpresas agradáveis podem surgir em meio à situação. Conhecemos casos em que os pais resistiram aceitar a gravidez da filha mas depois do nascimento da criança, o paraíso do afeto se fez no lar. Uma alma afim renasce ou o coração dos pais se comove ante a ternura de uma criança dentro de casa. Fora isso, os pais verificam que a filha não é nenhuma leviana. Não se prostituiu pelo que ocorreu. Não perdeu valores dignos que era detentora. Resultado: continuaram com a filha tão amada e ganharam um neto lindo. E ficaram com a consciencia límpida porque não atiraram a primeira pedra.

Um comentário:

  1. Fred,
    Gostaria de tocar um pouco nesse assunto, apesar de admitir ser muito triste. A ausência dos pais, não em relação só ao trabalho fora de casa, mas também a falta de orientação sexual pode levar a uma gravidez precoce. A maior responsável é a filha, claro, mas os pais podem ajudar a evitar uma situação dessas. Gravidez indesejada, com rejeição não só dos pais, mas do pai da criança também. A mãe da criança precisa procurar nessa hora manter o equilíbrio e não cometer uma grande bobagem. Fred, não é só a questão do momento constragedor em casa, tem também a questão do espírito que se sente mal e indesejado na família que abraçou e também outra coisa que vc fala sempre aqui no blog que também podemos citar aqui. O aborto. Na maioria das vezes, uma pessoa comete um aborto justamente pelo medo da família rejeitá-la por conta da gravidez ou de ter que enfrentar tudo sozinha, enfim, do sofrimento que irá passar. O correto é orientar e, se acontecer, tentar superar juntos (a família), da melhor forma possível, sem ver isso como uma desgraça. Lembre-se, não é só uma criança, é um espírito que precisa voltar e ser recebido com amor, que vem para tentar melhorar, assim como todos nós. A rejeição muitas vezes leva ao aborto. Eu mesma conheço vários casos. É um assunto muito difícil, principalmente para nós mulheres, mas tem que ser discutido, para evitarmos uma situação difícil em nossa casa e na vida de pessoas que queremos bem. Aredite amigo, essa falta de orientação e amor é o que tem mais motivado o aborto, infelizmente.

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