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sábado, 4 de junho de 2011

AINDA SOBRE REIGIDEZ INTERIOR

Os que não creem na transcendencia da vida, na imortalidade do ser, especificamente, os acadêmicos, que carregam o conhecimento científico como seu deus, embriagam-se com seus títulos e narcotizam-se com seus "saberes". E não percebem que terminam por tomar uma postura fundamentalista, engessada. É como se já houvessem atingido a suprema verdade e fora de seus cânones não há salvação. Desaparecem, em sua rigidez intelectual, as águas da ousadia sadia, o fervilhar dos pensamentos "rebeldes"e a capacidade de mudar o mundo pois paralizaram a busca e petrificaram as emoções. Sem emoções a alma não move-se. Até a razão carece de um sopro impulsionador.


A mente que não se abre para as possibilidades de outras possibilidades torna-se inflexível, sem oxigênio de renovação. Fica árida. Fica destituída de orvalho fertilizante. Torna-se assombrada pelo fantasma do "já alcançado". A mente transforma-se em túmulo da ciencia, quando deveria ser berço do pensar, do conhecer. Falo para a área da ciencia mas creio que serve para qualquer zona do pensar e viver humano. A evolução deve ser entendida como permanente. Aliás, exatamente pelo fato de que ela, a evolução, se dá por etapas, é que as lições do passado deveriam acender o sinal de alerta aos que teimam em acreditar que tudo o que sabem é tudo o que se tem de saber. Ledo engano. Todo engessamento leva à possibilidade do fanatismo, que é sempre triste, seja o religioso, o filosófico ou o científico.

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