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terça-feira, 5 de junho de 2012

ESTOU MORRENDO

E não  pode surgir o trigo se a semente não sofre a mutação.
E não há transformação se o ser antigo não sofrer sua morte
e nasçer de novo.
preciso, então, morrer para as velhas conceituações e para que meu mundo ultrapassado
entregue-se à renovação.

Olhando minhas dores atuais, estou morrendo...
Sinto gestar em mim, embora ainda lentamente, a arvore frondosa do futuro.
Hoje, ainda broto, ainda pequenina semente mas o tempo, ah, este amigo tempo
me prepara para viver a vida plena, a que não perece.

Seremos pão adiante, seremos trigo antes, seremos o milagre da vida perene.
Por favor, deixem-me morrer, consumido pelo fogo sagrado, vivendo sempre
para ser o novo homem...que eu possa derramar minhas lágrimas
e despertar sorrisos em faces carcomidas pela dor....

Deixem-me sentir o ardor de qualquer cruz, que tem asas e luminosas, nos dão a chance
da renovação. Aqueles braços abertos no madeiro foram sucedidos pela gloriosa visão do terceiro dia.
Como o trigo perfeito, virou sublime pão da vida....antes morreu na terra rebelde de nossas almas para nutri-la com o Seu amor.

A provação, o desafio, o espinho, são formas de "morrer" para acomodação, renascendo para a luz que não se apaga. Junto a isso, o amor é a semente que, ainda martirizada, oferta o melhor pão.

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