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terça-feira, 17 de julho de 2012

INTERNET - JUNTOS E SOZINHOS

Não sou daqueles que enxergam a internet apenas em seus aspectos ditos negativos. Indiscutivelmente, necessitamos abrir debates e reflexões em torno da avalanche das chamadas redes sociais. Aliás, o Brasil precisa voltar a debater as coisas, amadurecendo idéias, questionando "coisas". A aceitação tácita de tudo emburrece, "mediocriza", aliena e engessa o ser. A implantação de um pensamento único não contribui para a evolução de uma sociedade. Pois bem, quanto a internet, podemos fazer algumas avaliações, inclusive, que vem sendo feitas por especialistas no mundo todo.

Verifica-se que a conexão virtual "aproxima" pessoas e as deixa, por paradoxal que seja, sozinhas. Aumenta cada vez mais o número de horas que uma boa parcela da humanidade passa ante a tela do computador, navegando na Internet. E vários sintomas de distúrbios psíquicos se apresentam, sendo detectados por especialistas da área do comportamento humano. Embora o contato virtual ponha pessoas em relação, falta -lhes o elemento da real proximidade, onde o magnetismo próprio, as expressões faciais, o brilho do olhar não se encontram presentes... e sabemos como isso é rico. Não estamos, nem mesmo, tratando de outros problemas que, infelizmente, assolam seus frequentadores na grande rede, tais como pedofilia, violência, estimulos á infidelidade ou coisas que tais. Trato da questão realcionada à dificuldade hoje desenvolvida por muita gente, sobretudo adolescentes, que apresentam uma busca desenfreada da solidão, não aquela solidão "sadia", naqueles momentos de meditação ou reflexão sobre a própria vida, o que é positivo, mas àquela solidão distúrbio, temor da sociedade, fobia de relação, etc.

O problema não está na internet, e sim, em como a utilizamos. Nossa fragilidade interna nos escraviza à tudo o que deveríamos governar. Criamos dependencias de toda natureza. E a síndrome da dependencia, da fraqueza interior, nos leva a submeter-nos ao que deveria estar submetido a uma sadia utilização por nosso intermédio. Observemos como as crianças se relacionam com a internet. Sendo uma "argila" a ser moldada pela vida e pelos educadores, são particularmente vulneráveis ao problema. talvez muita gente que teme se expor, "abre-se" na rede, sob a proteção da tela do computador. até o que não ousariam dizer na relação social, o fazem, muitas vezes, na internet. Não é para assustar mas, sim, para aperfeiçoar o seu uso, pensar nossa relaçao com a rede. O ser humano deve estar à frente das máquinas. estas estão no mundo para abrir novos espaços de progresso espiritual à humanidade. Não devem ser instrumento de dificuldades de realcionamento social e, muito menos, desencadeador de males psicológicos. Pensemos nisto.

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