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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

ARREPENDIMENTO

Achava bonito quando escutava alguem dizer que não tinha do que se arrepender na vida. Ainda que adolescente, de alguma maneira achava que aquela colocação era bela, no entanto, seria efetivamente real ? Será que aquelas vidas não teriam nada a reparar, a corrigir, a modificar ? Ou será que a idéia que essas pessoas faziam de correção de vida seria algo tão superficial ou limitado que não se aperceberiam das próprias carências ?

Confesso que, durante algum tempo, tambem passei a cultivar esse raciocínio. Achava que não tinha do que me arrepender. Com o tempo, porem, isso mudou. Meditando sobre a lei do progresso e estudando a questão das virtudes, comecei a mudar o ponto de vista. Sim, hoje digo, tenho do que me arrepender. Dizer que faria tudo de novo, em sentido absoluto, não direi. Um gesto que poderia ter feito e não fiz. Ou outro que jamais deveria ter feito e fiz. Uma palavra inadequada proferida. Quantas vezes, pensando em ajudar e em estar correto, exagerei e feri minhas filhas, por exemplo...O bem que poderia ter feito e não fiz. E atitudes que não poderia ter tomado mas, infelizmente, tomei. Essa é a realidade.

Quando me recordo da palavra de Paulo de Tarso: "O bem que eu desejo fazer, esse não o faço mas o mal que não quero fazer, esse ainda o faço" ganhou para mim, ao longo da trajetória dessa encarnação, uma consistencia e uma logicidade expressiva. O progresso, no estágio em que nos encontramos solicita mudança de rumo mas, como mudar se não identificamos que necessitamos faze-lo ?

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