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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

RESPEITAR E CONCORDAR

A maturidade espiritual proporciona um equilíbrio em todos os angulos de nossa vida. Caminhamos para uma civilização de profundo respeito de uns para com os outros. Esse respeito é elemento imprescindível para a boa convivência. Não desconhecemos que inúmeros conflitos nascem da ausencia do respeito ao direito do outro de escolher seu mundo de idéias ou suas atitudes perante a vida. Isso, no entanto, não significa dizer que quem respeita, concorda. Posso e devo respeitar as opções do outro, ainda que sejam, diametralmente opostas, suas escolhas, às minhas. Mas posso não concordar com elas.

A construção do ser é algo que pertence ao universo de fórum íntimo. Claro que não devemos levar no sentido absoluto essas coolocações que aqui faço sobre o tema já que, no que toca a certas circunstâncias, nossa intervenção se faz fundamental, como no caso de filhos pequenos e, até, nos adultos, de conformidade com a situação. Isto posto, entendemos que o mundo caminha, cada vez mais, para essa posição de respeito às individualidades, embora, como dissemos, sem necessariamente adotar as mesmas posições.

A diversidade das experiencias humanas vive um momento de verdadeiro laboratório. Experimenta-se as ações inclusivas e afirmativas, o combate aos preconceitos, ao mesmo tempo em que precisa-se encontrar o equilíbrio para que se não crie um preconceito às avessas. Exemplificamos: muitos desejam a liberação das drogas a fim de, conforme afirmam, se combata, com eficiencia, o tráfico destas. Ora, quem não concorda com isso tem direito a não concordar e expor seu ponto de vista. Só deve, claro, educar-se ao ponto de saber discordar. Podemos ser contrário a uma idéia sem ser agressivo; cordialmente, embora com firmeza. Firmeza não é violência, assim como mansuetude não é tibieza.

Talvez a questão mais polêmica e delicada dessa diversidade e desses dias atuais seja a homessexualidade. Por motivo religioso, moral, biológico, científico ou o que for, a pessoa tem o direito a não concordar com a prática ( e os homossexuais precisam aceitar isso ), porem, não se pode agredir, criminalizar, perseguir ou usar qualquer tipo de violencia contra quem lida com sua sexualidade e afetividade dessa forma. Por outro lado, os que estão na posição da homoafetividade necessitam entender essas nuances da sociedade e, penso, dessa maneira, podemos encontrar o melhor caminho para a superação das dificuldades.

A famosa transição planetária tambem contempla esse laboratório de emoções e atitudes desencontradas. E o tempo a tudo ajustará, com certeza. Entenderemos mais amplamente as nuances e ângulos da vida que nos escapam, por hora, ao entendimento. A  harmonia nascerá dessa fornalha de extremos. A combustão calcinará o que precisa ser calcinado e o buril junto com o cinzel, moldará o novo ser, obra de arte a nascer do artista divino após a pedra bruta tornar-se polida.

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