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segunda-feira, 10 de junho de 2013

APÓSTOLOS DO INTERIOR

Estive em tres cidades da região do brejo paraibano. Tres cidades do interior nordestino em que a cultura tradicional de natureza religiosa predomina e, em alguns casos, de maneira extremamente preconceituosa. A peregrinação para a divulgação do pensamento espírita, considero, foi exitosa. Primeiro, fomos à Guarabira, cidade pólo da região, onde por volta das 15 horas proferimos palestra para um excelente público. Algumas cidades vizinhas se fizeram presentes com confrades dedicados demonstrando a alegria daquele momento. Após os instantes artísticos, fomos à rádio Constelação para participar de um programa espírita que já existe há 22 anos. Meia hora sabatinado pelos amiogos do programa sobre depressão e outras doenças da alma.

Retornamos para a sede do "Amigos da Paz", onde jantamos em companhia dos nossos anfitriões. Logo depois, seguimos para a cidade de Borborema. Subimos a serra. E lá encontramos, na pequena mas aconchegante sede do Centro Espírita local um público acolhedor, que lotava as dependências. Encerrada a palestra, fizemos um breve lanche e seguimos para a bela e simpática cidade de Bananeiras, onde pernoitamos. Pela manhã, nos dirigimos para o campus da universidade federal na PB, onde realizaríamos um seminário sobre "Doenças da Alma". A felicidade dos promotores era patente pelo sucesso da resposta do público que acorreu ao local. Bananeiras é um dos lugares mais difícil para a implantação do espiritismo face a presença marcante e ativa da igreja católica, que sempre fez várias ações para impedir a existencia de uma casa espírita na cidade. Desde a minha amiga Maria Alice, abnegada companheira que praticamente segurava o barco sozinha, até os dias atuais. Foi lá que a igreja levou, certa  feita, o padre Quevedo ao mesmo local em que eu havia proferido uma palestra sobre o Céu e o Inferno para desfazer, uma semana após a minha ida, tudo o que eu havia dito para cerca de 150 jovens. Inclusive, segundo a amiga, ele havia me "excomungado". Sem problema.

Pois bem, neste domingo pela manhã, na Universidade Federal de Bananeiras, lá estava um extraordinério público, não só por causa das várias caravanas de cidades circunvizinhas, como Solânea, Borborema, Guarabira, Cacimba de Dentro, Areia, etc, como pelo público da própria cidade. Uma energia de espiritualidade, entusiasmo e esperança permeava o ambiente. Havia uma vibração especial  no ar. A região do brejo paraibano vem atravessando um momento de difícil provação e acho que esse evento veio em boa hora para reativar o ânimo. Presente, ainda, a caravana da Federação Espírita da Paraíba, que tem como seu presidente, o dedicado e doce amigo, Marco Lima, que vem fazendo excelente trabalho de união e arregimentação das forças espíritas em todas as partes do seu Estado.

Ficou acertado que nossa próxima ida ao brejo, irei até a cidade de Caiçara, onde falarei pela primeira vez, isto no próximo ano. Tambem retornarei, nessa ocasião, à Cacimba da Dentro e Areia pois já se passaram alguns anos que lá estive. Toda a gratidão à Deus pela oportunidade da semeadura realizada neste final de semana e ao carinho costumeiro dos paraibanos para com meu coração. Alem do mais, voltei revigorado para o bom combate, ao beber a agua cristalina transbordante daqueles corações de verdadeiros apóstolos espíritas do interior.

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