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terça-feira, 27 de agosto de 2013

MEU IRMÃO, ALMIR MEDINA CAMPOS

Recebi, ontem pela manhã, a notícia do desencarne de uma alma muito querida minha, aliás, pelo fluxo de pessoas que compareceu ao velório e ao féretro, coração amado por muitos: Almir Campos. Após a notícia, veio, de imediato, lágrimas aos olhos, numa saudade que trouxe um filme de recordações. Há muitos anos que não convivíamos. A vida produz esse fenômeno. Estar longe não implica sair do coração.

Um profundo sentimento de gratidão aflorou poderosamente em mim. Fui extremamente beneficiado pelo generoso coração de Almir. Particularmente, minha família recebeu de sua alma com arroubos de criança, expressões de afeto e carinho. Não preciso descrever como isso se deu. Sei que isto poderia ferir sua simplicidade.

Almir transportou, durante longos anos, crianças e adolescentes para as escolas. Fazia o trajeto do Cabo de Santo Agostinho para Recife. Minha filha mais velha, Talita, foi uma das centenas que receberam dele a vigilância, o cuidado que ele tinha com os pequeninos e jovens que transportava. Era amado por todos.

Tinha uma personalidade vigorosa, às vezes soava bem rude. Chegou a dizer que era um índio reencarnado ( era espírita ). Mas quem o conhecia, embora assistindo seus rompantes, falando agitado e alto, tambem conhecia a grande generosidade do coração, a compaixão que possuía por animais e pelas pessoas. Amparou crianças carentes. Adotou alguns corações. E tinha uma simpatia contagiante.

Fiquei pensando em Almir. As lágrimas, ainda agora, caem pelo meu rosto, enquanto escrevo este texto. Peço ao Pai de Suprema Bondade e Amor Incondicional, que o permita receber de todos nós, os pais beneficiados pela sua dedicação aos nossos filhos, e de mim, amparado que fui pela sua amizade, as vibrações de afeto e de confiança, pois sabemos o quão é delicado esse momento de recem chegado ao mundo dos espíritos. Em geral, ficamos um tanto mais fragilizados e inseguros. E como é bom receber energias de apoio e estímulo, dos que permaneceram na carne. Pelo bem que fez, sei que estará colhendo nossos desejos de paz e progresso na nova etapa de sua jornada. E desejo, quando eu retornar à dimensão espiritual, poder reencontrá-lo, abraçá-lo fortemente, olhar em seus olhos de criança trelosa e reafirmar, para ele, minha admiração e meu amor, meu sincero carinho ao seu coração amigo. Confia, Almir. Tudo ficará bem. Obrigado por tudo.

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