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quinta-feira, 8 de maio de 2014

GUERRA DE VALORES

Os meios de comunicação divulgam, em suas páginas eletrônicas, um caso no mínimo desconfortável,  a atingir o programa "Mais Médicos", do governo federal. Cinco médicas de Cuba engravidaram aqui no Brasil. Segundo o divulgado, o governo cubano já enviou a mensagem: ou abortam ou não ficam no Brasil, devendo retornar ao país caribenho.  Isto coloca o governo brasileiro numa situação desconfortável. O aborto é crime em nosso país ( ainda) e se elas fizerem o aborto, estarão submetidas às leis do nosso país. Por outro lado, se caracteriza o comportamento ante- democrático do país governado por Raul Castro, irmão de Fidel. Alem das denúncias de serem vigiados, sem poderem sair em nosso país sem informar aos vigias do governo cubano, até mesmo namorar e se envolver com alguem  os cubanos não podem. O resultado da violação das "regras" foi a gravidez e a ordem de abortar. Isto fere nossa constituição. E não só.

Estamos diante de um tema que é facilmente aceitável pela linha ideológica da ilha dos Castros. O aborto nada representa para uma concepção puramente materialista do ser humano. E facilmente a recomendação do aborto, ou melhor, a ordem para o aborto é emitida. O ser humano no ventre da mulher nada representa. Nem ser humano o consideram. Esta é uma das vertentes dessa guerra de valores que se trava entre um mundo espiritualizado e o arcaico mundo puramente organicista. Obviamente, dentro da minha concepção, nada mais retrógrado para a civilização do que idéias materialistas, contestadas, hoje, por avançadas concepções de mentes vigorosas da atualidade. A história tem provado que estruturas e visões apenas materiais do homem encontram-se voltadas ao fracasso. Seja uma filosofia que se perde no labirinto da matéria, seja uma vertente política que intenta forçar uma visão coletivista da sociedade, que sempre descamba em ditadura, regimes de exceção.

O que farão as médicas gestantes ? Seus familiares podem sofrer consequencias amargas pela situação delas, envolvidas com brasileiros ao ponto de engravidarem. Será que a "liberdade" que desejam é apenas a de abortar? E a liberdade das mulheres que desejam ter os filhos? A constituição brasileira será respeitada, ou a ideologia falará mais alto? Alem das circunstâncias salariais que caracterizam um estado de semi escravidão dos médicos de Cuba no Brasil, terão, ainda, que abortar por que uma longeva ditadura latino americano as obriga, isto em pleno território de um país que se afirma democrático e seguidor das leis? Torço para que o governo brasileiro intervenha por elas. A amizade do governo brasileiro com Cuba e os irmãos Castro pode ajudar a preservar essas vidas que se desenvolvem nos ventres de suas mães. Tão dolorosa notícia vem, exatamente, às vésperas do dia das mães. Ironia. Triste ironia.

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