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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

UM CASO DE MEDIUNIDADE AMPLA

Tenho acompanhado, em nossa Casa do Caminho, um caso muito interessante de faculdades mediúnicas afloradas, saindo, diríamos, da craveira comum. Ao me defrontar com a situação, recordei a obra maravilhosa do Hermínio Miranda, " Diversidade dos carismas", em que ele narra a saga da médium Regina ( pseudônimo) com sua mediunidade diferenciada, cujos fenômenos fugiriam dos habituais e, desta forma, as próprias casas espíritas teriam tido dificuldades para entender e lidar com o fato.

Claro que não estou comparando as condições de ambos os médiuns, a Regina e o jovem que passei a conhecer e que, por motivos que vocês compreenderão, também adotarei um pseudônimo, já que não tive qualquer autorização dele e de seus familiares para expor o caso. Chamarei o jovem de Carlos e trato do fato pelas perspectivas de estudo que se nos abre sua história.

Mês passado fui procurado por este jovem, um ar um tanto assustado e externando, claramente, que ansiava por respostas. Nada conhecia de espiritismo e desejava que pudéssemos explicar-lhe o que lhe ocorria. De formação católica, saindo da adolescência mas cujos fenômenos iniciaram neste período, nascido numa pequena cidade do interior de Pernambuco e atualmente residindo em Estado vizinho, Carlos, de imediato, demonstra ser um rapaz transparente. Os olhos sinceros e inquietos, creio eu como consequência dos inusitados fenômenos, falam por ele. Narrou-me sua luta contra aquela situação para ele inexplicável. ia seres que ninguém enxergava, eles falavam como se estivessem na Terra, sobretudo, um jovem desencarnado, profundamente identificado com ele.

As narrativas do Carlos são, de fato, impressionantes. Os ambientes espirituais em que se vê projetado, os desdobramentos lúcidos, o pavor de visitar certas localidades da dimensão invisível, isto tudo com uma tremenda riqueza de detalhes. O que estou descrevendo do fato, creiam, não é nada de simples entusiasmo pois, depois de mais de trinta e cinco anos de atividades e estudos, não tenho qualquer vocação para tal coisa. Simplesmente não consigo colocar aqui uma idéia aproximada das vivências do garoto. A família, nem se fala, perdida. Ele, completamente aturdido.

Bom, para voces terem idéia, ele ficou completamente confuso quando passou a acordar na cidadezinha  e um espírito de uma senhora, que se dizia ser sua mãe, mandava-o comer este ou aquele alimento que era os que ele gostava há muito tempo. Ele me perguntava como era aquilo pois a senhora não era sua mãe ( atual). Explicamos, naturalmente, a reencarnação. Narrou que teve uma visão, após despertar, do local em que residia, como era muitos anos antes dele nascer. Via o lugar como no início do século, confirmando, posteriormente, a informação através de fotografias, penso eu. essa parte não ficou muito claro.

Após o tratamento espiritual para ajudar no processo obsessivo em que se via envolto pelo jovem desencarnado, retornou esta semana se sentindo outra pessoa. Disse que tudo melhorou significativamente, inclusive, o jovem lhe apareceu pedindo desculpas pelo que lhe havia causado. O amigo espiritual da Casa do Caminho já nos havia dito que o desencarnado estava sob a assistência do alto, convalescendo de sua trágica morte. Agora, disse Carlos, ele estava vendo cinco espíritos que o orientava bastante, inclusive, dizendo sobre o que estava certo ou errado, sugerindo, sem lhe impor, o melhor procedimento para certas situações.

Um fato interessante entre tantos que, por ora, não posso abordar, foi o que ocorreu, quando o jovem desencarnado pediu-lhe para visitar sua mãe e consolá-la. Carlos não a conhecia e nem sabia sua residência. Informado, seguiu para lá e quando a mãe do solicitante o viu, mesmo sem o conhecer, caiu no pranto. Evangélica, isso fez com que Carlos buscasse a melhor maneira de dizer-lhe que estava em contato com seu filho. De imediato, claro que ela não aceitou, no entanto, uma informação que o Carlos lhe repassou sobre uma determinada frase que só ela sabia que dizia em suas orações a fez crer na mediunidade. Em lágrimas pela revelação daquele segredo que ninguém poderia saber pois era fruto de seus pensamentos, a senhora pede uma carta psicografada, o que Carlos lhe disse que ele não sabia como isso ocorria e que não dependia dele.


Narro esta situação para dar uma idéia da sensibilidade e autenticidade dos fenômenos que vem desabrochando no garoto. Poderia narrar alguns fatos inusitados mas, creio, ainda não é hora. Vejo no Carlos uma alma comprometida com os valores do novo momento do planeta. Informações que reputo seguras da espiritualidade, solicitam um tratamento de educação, disciplina e conhecimento doutrinário para que ele saiba amadurecer e efetuar sua tarefa no mundo. As casas espíritas necessitam estarem atentas pois acredito que outros casos como estes deverão aparecer com relativa frequência. essa preparação deve estar alicerçada em um conteúdo de firme substância do conhecimento espírita, naturalidade no trato para com os casos que apareçam e humildade para aprender.

Se necessário, retornarei a abordar o tema. Sinto que tenho, diante de mim, um vasto manancial de estudo nobre e uma alma com compromissos de recuperação moral e de colaboração para uma novo momento da humanidade. Há muito que aprendermos quanto à mediunidade. E há muito chão para trilharmos a gloriosa estrada da evolução, que o Senhor desdobra para todos nós.



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